
O vibe marketing é um termo derivado de vibe coding. Basicamente, ele está falando sobre o uso de IA para a automação de tarefas repetitivas e com maior volume.
No universo da programação, o vibe coding se encaixa como uma luva. O nome vibe não é a toa: a ideia é depender menos do próprio código e das linguagens usadas na programação, e mais da lógica, de bons algoritmos e de conhecimento tech.
Ou seja: o programador do futuro, com a IA, precisa dominar mais a “vibe” do programa do que as linguagens para a construção desse programa. Sabendo o que ele faz e o que vai saber, além dos seus componentes essenciais, a linguagem fica em segundo plano.
Isso se aplica bem para a programação e indica um futuro mais interativo para desenvolvedores. Mas como isso se reflete no marketing?
É o que vamos entender nesse texto. Vamos juntos?
Definição: o que exatamente é vibe marketing?

O termo vibe é mais sobre “ir com a vibe” sem se importar tanto com a realidade de produção mais extensa, que é feita com IA.
Ou seja: o vibe marketing é a criação de times de humanos + IA, onde os humanos identificam a “vibe” e as IAs produzem os materiais.
Por exemplo: você está planejando lançar uma campanha de black friday. No vibe marketing, você vai se importar menos com o branding, com a redação de todo o texto que há na campanha, com o design das peças etc.
Você vai se preocupar com questões como o público-alvo, o conceito da campanha, os resultados esperados, sua distribuição, etc.
Ou seja: é a realização completa das IAs no marketing: humanos planejam, IAs executam.
Isso é feito de várias formas diferentes, como você está imaginando. Mas geralmente, a stack de vibe marketing é composta por:
- Agentes de IA para responder e organizar comentários nas redes sociais. blog, site, YouTube etc;
- IAs de texto para a produção do material;
- IAs de imagem também para produção. Algumas, como o ChatGPT, são tanto de texto quanto de imagem;
- Frameworks de automação com IA, como o Gumloop, para que os parâmetros sejam inseridos com mais facilidade e as IAs consigam gerar mais materiais ao mesmo tempo para aprovação;
- Automação do fluxo de trabalho com IA através de ferramentas como o n8n, que é capaz de integrar o ChatGPT a outras APIs.
Essa é a estrutura do vibe marketing, mas ele não foi criado do zero. Na verdade, sua principal inspiração vem da TI, especificamente o vibe coding.
Vamos conversar melhor sobre as semelhanças e diferenças entre os dois logo abaixo, e também começar a inferir sobre a viabilidade do vibe marketing.
Logo após, vamos conversar melhor sobre uma stack aplicável de vibe marketing.
O vibe coding aplicado ao marketing: o quanto o vibe marketing faz sentido?

Antes de tudo, precisamos entender se o vibe marketing faz sentido para a realidade de produção do marketing.
Só um adendo: existem marcas e agências fazendo esse trabalho hoje. O vibe marketing é sim plenamente possível.
O que precisamos entender é se ele vale a pena. E para isso, precisamos fazer um comparativo com o vibe coding, para entender que pontos podem ser aproveitados e quais não podem.
Esse é um assunto um pouco abstrato, então vamos levar a conversa para a produção de fato. Vamos entender, com o comparativo, se o esforço automatizado pela IA no marketing não perde eficácia sem o envolvimento humano.
E também vamos entender se o custo reduzido realmente faz sentido para as empresas pensando no retorno que as campanhas trazem.
Vamos lá?
➡️ Leia também: KPIs de IA: já é hora de começar a monitorar os seus
Vibe coding X vibe marketing - implementação
O vibe coding dá certo por uma série de motivos. Mas os principais são os seguintes:
- A task ser feita por uma IA não faz diferença: o resultado final é completamente indistinguível. Uma div em um site feita por IA não tem nenhuma diferença da div feita por um humano no mesmo site;
- O tempo é melhor aproveitado com a IA: há uma economia de tempo e esforço mensuráveis;
- O resultado final não tem “cara de IA”: quando o produto final ficar pronto, não é possível dizer que a IA foi usada nele ou não. É apenas um produto, indistinguível de outro feito 100% por humanos;
Esses três pontos fundamentais são os que guiam a implementação do vibe coding. Eles fazem total sentido porque, como entendemos, o vibe coding resolve tarefas de programação, principalmente de linguagem.
A questão é que o vibe marketing não trata de programação. Ele trata de produção criativa. Já percebemos, então, que dois desses três preceitos são violados: a task pode ser identificada como IA, e o resultado final pode ter “cara de IA”.
Ou seja, a transição de sentido do vibe coding para o vibe marketing é incompleta. O vibe marketing não consegue garantir um resultado indistinguível do marketing tradicional.
É importante entender esse ponto agora porque, ao longo do texto, vamos conversar sobre como aplicar o vibe marketing na sua empresa. Tomar essa decisão é um passo bem sério e que precisa ser muito bem pensado.
Vibe coding X vibe marketing — sinais e métricas
Existe, porém, um ponto fundamental a ser entendido nas semelhanças e diferenças do vibe marketing com o vibe coding.
A principal delas está relacionada aos sinais que guiam a produção. No vibe coding, os sinais são os transmitidos para a equipe de desenvolvedores pelos seus Project Managers e A ideia do vibe marketing como conceito não é sobre “criar vibes”. Não é nada estético, não é nada emocional: o vibe marketing é operacional. , em realidades startup. Frameworks de automação com IA, como o Gumloop, para que os parâmetros sejam inseridos com mais facilidade e as IAs consigam gerar mais materiais ao mesmo tempo para aprovação;
Geralmente, esses sinais são muito bem definidos anteriormente por pesquisas especializadas, benchmarkings, entrevistas com usuários etc.
➡️ Leia também: 10 métricas de marketing digital que você deve acompanhar em 2025
Uma vez definido o manifesto de desenvolvimento do aplicativo, ele tende a permanecer igual durante todo o seu ciclo de desenvolvimento.
É isso o que permite que pessoas “comuns” — com baixo conhecimento técnico em programação — criem os seus apps.
No marketing, isso é um pouco mais complicado. Os sinais que guiam a produção são constantemente monitorados, e costumam inclusive variar não só de marca para marca, mas de material para material.
Por exemplo: um post no Instagram falando sobre um produto da sua marca é diferente de um post com um meme. O público-alvo é o mesmo, mas há variações que precisam ser entendidas.
Esse é o ponto. Não é que o vibe marketing não dá certo. É que ele abre espaço para outras análises, agora que a realidade de produção passou para a IA.
Só que usar o vibe marketing, essas novas análises deixam de ser opcionais, e passam a ser praticamente obrigatórias.

Como o vibe marketing funciona? Veja uma stack simples
O vibe marketing, então, está muito relacionado com o planejamento e brainstorming inicial feito por humanos, e a produção em si feita pela IA.
Muita gente no meio, inclusive, aponta o vibe marketing como o “novo normal” do mundo publicitário após a IA Generativa.
Greg Isenberg, no Instagram, fala sobre como esse novo framework é a resposta natural ao nascimento da IA no marketing digital. Se ela for ser usada, é assim que ela será.
E de longe, um dos vídeos mais interessantes sobre o assunto é do Mike Gastin, que explica a relação entre o vibe marketing e os pequenos negócios.
De qualquer forma, para que o vibe marketing funcione, é necessário ter alguns ingredientes fundamentais. O mais importante deles é uma stack bem organizada.
Nesse tópico, vamos entender como o vibe marketing realmente funciona, entendendo sua stack em nível profundo e também oferecendo algumas sugestões de ferramentas básicas.
Acompanhe:
O núcleo humano: intenção, tese e limites da IA
Antes de qualquer ferramenta, o vibe marketing depende de um trabalho humano bem feito de intenção.
Aqui entram a tese da campanha, o posicionamento, o que a marca aceita ou não dizer e quais linhas vermelhas a IA não pode cruzar. Sem isso, o stack vira só uma fábrica de variações genéricas.
Nesse núcleo, o time precisa:
- Definir a tese central da campanha e os arquétipos da marca.
- Escrever prompts-mãe que traduzem essa tese em instruções claras para a IA.
- Documentar exemplos bons e ruins de comunicação, para servir de referência.
- Estabelecer critérios de aprovação humana: o que sempre precisa de revisão manual e o que pode ir direto para teste.
Camada de geração: transformando intenção em volume criativo
Com a intenção clara, a IA entra em cena para fazer o que ela faz melhor: volume, variação e velocidade.
O foco aqui não é “um bom anúncio”, mas sim um leque grande de possibilidades para alimentar a máquina de testes.
Nessa camada, normalmente acontecem:
- Geração de conceitos, slogans, ângulos de abordagem e metáforas em lote.
- Criação de variações de anúncios, posts, e-mails, scripts de vídeo etc.
- Adaptação automática de uma mesma ideia para formatos diferentes (feed, Reels, Shorts, blog, landing).
- Produção de imagens, thumbails e peças visuais já guiadas pela mesma tese.
Orquestração e automação: onde a stack começa a valer
A parte realmente nova do vibe marketing está na orquestração. Não adianta ter IA gerando coisa se não existe uma “linha de produção” conectando prompts, geração, curadoria, testes e publicação.
É aqui que entram ferramentas como Gumloop, Manus, n8n e Taskade.
Alguns papéis típicos dessa camada:
- Criar pipelines que pegam um briefing e automaticamente geram dezenas de variações de conteúdo.
- Usar automação (n8n, Gumloop) para conectar IA com planilhas, CRM, gestores de anúncio e documentos.
- Centralizar tarefas, feedbacks e versões em um QG de trabalho (por exemplo, Taskade).
- Deixar pipelines rodando de forma recorrente: por exemplo, gerar toda semana novos criativos a partir dos vencedores da semana anterior.
Avaliação e feedback: medindo a vibe, não só o clique
No vibe marketing, avaliar campanha não é só olhar CTR e CPA.
É também entender que tipo de mensagem a IA está empurrando para frente e se isso continua fiel à intenção inicial. A própria IA pode ajudar a fazer essa leitura.
Nessa camada, a stack costuma:
- Ler os resultados de mídia paga e orgânico e organizar os dados em painéis simples.
- Usar IA para analisar quais argumentos, imagens, ganchos e estruturas aparecem nos criativos de melhor performance.
- Classificar automaticamente as peças por tom, profundidade, nível de “vibe performance” (mais racional) ou “vibe emocional” (mais lúdica).
- Devolver esse aprendizado para os prompts-mãe, ajustando tom, exemplos e restrições.
Síntese e iteração contínua: campanhas vivas, não peças pontuais
Por fim, o vibe marketing só se completa quando a stack transforma tudo isso em uma rotina: a campanha deixa de ser um projeto com começo, meio e fim, e vira um sistema vivo que se adapta.
A etapa de síntese e iteração inclui:
- Gerar relatórios de aprendizado em linguagem humana, escritos pela própria IA, para o time decidir próximos passos.
- Atualizar templates de campanha com base no que foi descoberto (novos ganchos, novas objeções, novos públicos).
- Criar “bibliotecas de vencedores”: peças, prompts e estruturas que passam a ser o novo padrão da marca.
- Iniciar automaticamente a próxima rodada de geração já usando o que deu certo, encurtando o ciclo entre descoberta e execução.

E aí, ficou simples entender o que é vibe marketing?
O conceito é diferente do que a gente imagina quando pensa em “vibes”, não é? O nome, na minha opinião, não traduz nada do que o vibe marketing realmente é.
O que o vibe marketing busca fazer é integrar rotinas de produção humanas com as da IA. Isso já aconteceria de qualquer forma.
Mas com o conceito bem definido, conseguimos montar stacks e documentar os passos necessários para atingir o sucesso dentro da estratégia.
Temos um outro texto que é praticamente um complemento desse. Vale a pena conhecer. Acesse logo abaixo e obrigado pela leitura!
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