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O Google não tem segredo nenhum. O rankeamento já foi algo muito misterioso e que envolvia várias técnicas muito pouco relacionadas com o próprio conteúdo, e muito mais com o SEO da época.
Muitos mitos perduram até hoje. Um exemplo claro: a palavra-chave principal precisava aparecer com 2% de densidade, pois isso sinalizava ao Google que seu texto era adequado para o assunto pesquisado.
Isso fazia com que textos tivessem muitas repetições do mesmo termo. Um texto de 700 palavras precisava conter a repetição exata da palavra-chave 14 vezes.
Isso é passado, mas também se engana quem pensa que o Google não tem nenhum fator de rankeamento.
A verdade é que existem vários, mas eles operam de forma contextual. Não existe uma nota de zero a dez no seu site que faz com que ele fique no topo do Google.
O que existem são páginas individuais, fortalecidas pela estrutura, reputação e expertise do seu site, que competem com outras páginas de outros sites pelas primeiras posições no buscador. Tudo isso de forma contextual ao que usuário está buscando.
A expressão disso são os fatores de rankeamento do Google, que chegam a ser 200 pontos de dados. Hoje vamos conversar sobre cada um deles. Tudo pronto?
Os principais fatores de rankeamento do Google
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Os fatores de rankeamento nunca vão desaparecer completamente. Só deixando isso claro depois da introdução.
O que acontece é que eles vão se transformando pouco a pouco. O caminho que o Google faz em cada uma das suas atualizações é sempre em direção a fatores cada vez mais contextuais, para evitar o clássico growth hacking com SEO.
Esse caminho contextual, que é muito difícil de determinar exatamente, traz mais oportunidades para marcas menores que estão produzindo bom conteúdo, buscando deixar as SERPs cada vez melhores.
Por exemplo: há uma empresa gigante de um segmento de distribuição de materiais de construção. E outra empresa menor, também do mesmo segmento, e ambas fazem trabalho de SEO no Google.
A empresa 1 faz publicações diversas no seu blog e consegue um bom tráfego. A empresa 2 inaugurou seu blog há seis meses e é especialista em aço galvanizado, especificamente.
A empresa 1 lança um texto sobre aço galvanizado. A empresa 2 lança outro, com especificações técnicas, opiniões de especialistas, fotos reais etc.
Qual dessas empresas merece um posicionamento melhor? A empresa 2, que fez um bom trabalho na produção daquele texto em específico.
Se os fatores de rankeamento fosse gerais e não contextuais, a empresa 1 teria sempre vantagem sobre a empresa 2, não importa o contexto da busca.
Então, leve esses fatores de rankeamento do Google, mesmo os mais técnicos, sempre para esse caminho — eles dizem respeito à intenção de busca do usuário. Os resultados no topo buscam ser os melhores para o usuário pesquisando, e não para o buscador.
Veja logo abaixo quais são os principais fatores de rankeamento do Google:
Conteúdo de qualidade
Esse é o principal fator de rankeamento do Google hoje.
É o que vimos no exemplo acima. O Google está buscando bom conteúdo, não mais conteúdo otimizado para SEO.
Quanto mais qualidade informacional uma página tiver, melhores serão suas chances de rankeamento nas melhores posições do buscador.
Backlinks
Os backlinks eram, há alguns anos atrás, o fator decisivo para a indexação. Hoje, ele perde espaço para o conteúdo de qualidade, mas sem perder a importância.
Backlinks são links em outros sites que levam para o seu site. Eles são como um sinal para o Google, que entende, através desse sinal, que o seu site e o seu conteúdo é ótimo.
Outras marcas concordando com você a ponto de linkar seu conteúdo nos seus próprios sites indica autoridade para o Google. Nos idos de 2010, essa autoridade era reconhecida como Domain Authority.
Esse Domain Authority, que tinha nos backlinks seu principal sinal, indicava as chances do site inteiro para um bom rankeamento.
Os backlinks ainda são importantes, mas a qualidade do conteúdo é uma métrica bem mais contextual.
SEO técnico
O SEO técnico diz respeito ao quão otimizada uma página está em relação ao que o Google espera.
Mas ele não faz milagres. Na verdade, o SEO técnico deixa seu site e suas páginas individuais mais simples de serem escaneados pelos crawlers do Google, o que permite uma indexação melhor.
Além disso, o SEO técnico está muito relacionado com a experiência do usuário, já que as otimizações de SEO têm o usuário lendo o site ou o texto em mente.
Por exemplo: a separação de textos em headings 1, 2, 3, 4 e 5 estão ajudando não só os crawlers a entender como seu conteúdo está disposto, mas também ajudam o leitor na hora da leitura.
Você pode fazer uma auditoria técnica de SEO no seu site hoje mesmo, e em 10 minutos. Temos um texto que te explica como. Acesse logo abaixo:
➡️ Como fazer SEO Audit com o ScreamingFrog
Otimização de palavras-chave
Antigamente, as palavras-chave eram fundamentais para a indexação de um texto. Hoje, elas ainda são importantes, mas não como hacks de SEO.
Era comum, entre 2005 e 2010, encontrar sites que colocavam palavras-chave “escondidas” nas páginas do site — com texto na cor branca para os leitores não verem.
Essa prática ilustra bem a ideia errada que muita gente tem das palavras-chave. Elas não servem para fazer um texto aparecer no Google.
Elas servem como base para pensar no que escrever, no caso dos blogs, e para sinalizar que seu site oferece o que as pessoas estão buscando.
Vamos voltar ao exemplo anterior, das empresas de construção? A empresa 2, sendo especialista em aço galvanizado, não precisa criar páginas e páginas com variações de palavras-chave relacionadas a aço galvanizado aparecendo para todo lado.
Na verdade, ela precisa fazer uma pesquisa de palavras-chave para entender sobre o que falar, e usar essas palavras-chaves em posições estratégicas no site, sinalizando ao Google seu domínio sobre o tema.
Expandimos muito mais esse assunto no nosso texto dedicado sobre o tema. Acesse logo abaixo:
➡️ Pesquisa de palavras-chave na prática — anúncios e orgânico
Experiência do usuário
Seu site não pode ser lento demais, pois isso atrapalha a experiência do usuário navegando pela internet.
Ele também não pode ter um código cheio de bugs e elementos fantasmas, pois isso atrapalha na navegação também.
Esses são dois pequenos exemplos de como o Google pensa na experiência do usuário.
O que o buscador quer é que o usuário faça uma pesquisa, entre no site que aparece e consiga navegar por ele sem contratempos e sem exageros.
Schema
A marcação Schema é um trabalho simples feito no código do seu site que permite que você apareça nos snippets do Google com mais garantia.
O ideal é trabalhar com um plugin para adicionar esses códigos. Eles são simples, e estão diretamente relacionados com as suas chances de aparecer nas FAQs e no painel de conhecimento do Google.
Tanto o Yoast SEO quanto o RankMath, os dois plugins mais conhecidos de SEO para Wordpress, oferecem marcações Schema nos seus planos premium.
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Social Signals
São os sinais sociais, ou o quanto de engajamento nos canais social você gera com seu site.
Isso inclui principalmente os compartilhamentos do seu link, mas também acessos vindos de redes sociais no geral.
Brand Signals
Antes, esse fator era conhecido como a Autoridade do Domínio. Hoje, o brand signals é um pouco misterioso — ele está relacionado com o quanto sua marca é reconhecida na internet.
Os backlinks são fundamentais para um bom índice, mas o tempo de atuação, social signals, índices de qualidade em agregadores (como o Reclame Aqui), reviews no Google etc. também são grandes contribuintes.
E não estamos falando aqui da idade do domínio em si, ok? Mas de quanto tempo a sua empresa já está no mercado.
Fatores de domínio
Além dos fatores mais comuns e importantes que citamos acima, os fatores de domínio são absolutamente importantes para um bom rankeamento no Google.
Alguns dos exemplos que citamos logo acima até dizem respeito ao domínio em alguns pontos. Mas eles acabam não se aprofundando tanto quanto esses que trouxemos aqui.
Esses fatores de domínio estão muito relacionados com os brand signals que citamos logo acima.
E quando estamos falando de domínio, é o seu domínio mesmo — a sua URL.
Esses fatores são bem gerais e dizem respeito a que tipo de informações seu domínio está transmitindo para o Google.
Vamos acompanhá-los logo abaixo:
A idade do domínio tem influência no rankeamento?
Segundo John Muller, liaison do público no Google, a idade de um domínio não tem influência alguma no rankeamento.
Ou seja: um site publicado hoje e um site publicado há 10 anos tem as mesmas chances de rankear bem no Google, no que diz respeito ao domínio.
É claro que um site já estabelecido há dez anos tem muito mais chances de rankear bem no Google, mas não é por conta do seu domínio, e sim por esses outros fatores de rankeamento que citamos acima.
A palavra chave está presente no domínio e subdomínio
Esse era um ponto importantíssimo para o Google há alguns anos atrás. Hoje em dia nem tanto.
Lembra do exemplo das casas de materiais de construção? A empresa 2, especializada em aço galvanizado, pode cadastrar seu domínio com a palavra aço galvanizado.
Isso sinaliza ao Google quais são suas intenções com o domínio.
Antigamente isso era tão forte que muita gente fez fortuna comprando domínios com palavras-chave com muitas buscas.
Hoje já passamos da era do SEO hacker, mas esse ajuste ainda tem sua relevância.
Tempo de registro do domínio
Não estamos pensando para trás, nesse caso, mas sim para frente.
Como vimos, há quanto tempo o domínio existe não é um fator de rankeamento. Mas por quanto tempo o domínio vai existir é.
Pense em duas empresas. Uma comprou um domínio por dez anos. Outra está renovando mês a mês.
O Google entende que a primeira empresa está dando sinais mais sérios de que ela realmente existe e que ela realmente vai operar por todos esses dez anos.
Mais uma vez, o próprio John Muller já falou sobre o assunto:
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Histórico do domínio
Um domínio que não teve muitas mudanças ao longo do tempo tem mais autoridade que um domínio que passou por muitas mudanças.
Se você tem o costume de refazer seu site periodicamente, é melhor rever essa estratégia.
Busque uma experiência padrão ao longo dos anos. Garanta que as mudanças no seu site sejam pequenas, e evite ao máximo mudar de domínio sempre.
Fatores de rankeamento page level
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Bom, conversamos até agora sobre fatores relacionados ao site no geral, mas as principais análises que os profissionais de SEO fazem está mais relacionada com a performance individual página a página.
E é justamente nesse ponto que a maioria dos ajustes de SEO e CRO são feitos.
Mas há algumas subdivisões que são importantes de entender melhor.
Logo abaixo, separamos essas categorias de ajustes em itens, e dentro desses itens, as ações.
Acompanhe:
Fatores de SEO relacionados ao conteúdo e estrutura da página
- Palavra-chave na Tag de Título: Ainda relevante como sinal de SEO, apesar de ter perdido importância ao longo do tempo.
- Título Começando com Palavra-chave: Títulos que iniciam com a palavra-chave tendem a ter melhor desempenho.
- Palavra-chave na Meta Descrição: Não impacta diretamente o ranking, mas pode aumentar a taxa de cliques (CTR).
- Palavra-chave na Tag H1: O H1 funciona como um segundo título e reforça a relevância da página.
- TF-IDF (Term Frequency-Inverse Document Frequency): Mede a frequência de palavras para determinar a relevância do conteúdo.
- Tamanho do Conteúdo: Textos mais longos (média de 1400 palavras) tendem a ter melhor desempenho nos rankings.
- Uso de Índice (Table of Contents): Facilita a compreensão do conteúdo pelo Google e pode gerar sitelinks.
- Palavras-chave LSI (Latent Semantic Indexing) no Conteúdo: Ajudam o Google a interpretar palavras com múltiplos significados.
- Palavras-chave LSI no Título e na Meta Descrição: Contribuem para a diferenciação de significados e relevância.
- Cobertura Abrangente do Tópico: Páginas que exploram um tema em profundidade tendem a ter melhor performance.
Aspectos Técnicos e Estruturais
- Velocidade de Carregamento via HTML: Google e Bing consideram a velocidade de carregamento um fator de ranqueamento.
- Uso de AMP (Accelerated Mobile Pages): Não é um fator direto, mas pode ser necessário para aparecer no Google News em dispositivos móveis.
- Correspondência com a Intenção do Usuário (Entity Match): Páginas que correspondem exatamente ao que o usuário busca podem ganhar vantagem.
- Google Hummingbird: Permite que o Google entenda melhor o contexto dos conteúdos, indo além de palavras-chave.
- Conteúdo Duplicado: Pode prejudicar a visibilidade da página nos motores de busca.
- Uso de Rel=Canonical: Evita penalizações por conteúdo duplicado.
- Otimização de Imagens: Nome do arquivo, texto alternativo (alt text), título, descrição e legenda influenciam no SEO.
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Atualização e relevância do conteúdo
- Recência do Conteúdo: O Google favorece conteúdos atualizados, especialmente para temas sensíveis ao tempo.
- Magnitude das Atualizações: Alterações significativas impactam mais do que pequenas correções.
- Histórico de Atualizações: A frequência de atualização da página influencia seu desempenho.
Estratégia de Palavras-chave e Estrutura da Página
- Proeminência da Palavra-chave: Palavras-chave nos primeiros 100 caracteres do texto são mais eficazes.
- Palavra-chave em H2 e H3: Subtítulos ajudam a estruturar o conteúdo e podem reforçar a relevância.
- Qualidade dos Links Externos: Links para sites de autoridade podem fortalecer a credibilidade da página.
- Temática dos Links Externos: Links para conteúdos relevantes indicam melhor o contexto da página.
- Gramática e Ortografia: Podem influenciar na percepção da qualidade do conteúdo.
- Conteúdo Sindicado (Copiado de Outros Sites): Conteúdo duplicado de outros domínios pode não ser indexado.
SEO para Mobile
- Otimização para Dispositivos Móveis: O Google prioriza páginas amigáveis para mobile.
- Usabilidade em Mobile: Páginas fáceis de usar em dispositivos móveis têm vantagem.
- Conteúdo Oculto em Mobile: Pode ser ignorado ou receber menor peso no ranqueamento.
- Conteúdo Oculto em Abas: Pode não ser indexado corretamente.
Links e Estrutura do Site
- Número de Links Internos para uma Página: Indica a importância relativa dentro do site.
- Qualidade dos Links Internos: Links vindos de páginas fortes dentro do domínio têm mais peso.
- Links Quebrados: Muitos links quebrados podem sinalizar um site desatualizado.
Outros Sinais de Qualidade
- Nível de Leitura: O Google avalia o nível de dificuldade do conteúdo, mas seu impacto no ranking é debatido.
- Links de Afiliados: Não são prejudiciais, mas um excesso pode fazer o Google avaliar outros sinais de qualidade.
- Erros de HTML/W3C: Código mal estruturado pode ser um indicativo de baixa qualidade.
- Autoridade do Domínio: Sites mais confiáveis tendem a ter melhor desempenho.
- PageRank da Página: Páginas com mais autoridade geralmente ranqueiam melhor.
- Tamanho da URL: URLs curtas têm leve vantagem no ranking.
- Caminho da URL: Páginas mais próximas da homepage podem ter mais autoridade.
- Editores Humanos: O Google pode contar com editores para influenciar os rankings (não confirmado oficialmente).
- Categoria da Página: Estar em uma categoria relevante pode fortalecer o ranqueamento.
- Palavra-chave na URL: É um pequeno fator de ranqueamento.
- Estrutura da URL: O Google analisa as categorias no caminho da URL para entender o contexto.
- Citação de Fontes e Referências: Indica credibilidade, mas o Google nega que seja um fator direto de ranking.
- Uso de Listas e Bullet Points: Melhora a experiência do usuário e pode ser favorecido pelo Google.
- Prioridade no Sitemap: Páginas com maior prioridade no sitemap.xml podem ganhar vantagem.
- Excesso de Links Externos: Muitos links podem prejudicar a legibilidade e diluir a autoridade da página.
- Sinais de UX de Outras Palavras-chave: Páginas bem ranqueadas para vários termos podem indicar qualidade ao Google.
- Idade da Página: Páginas mais antigas, mas bem mantidas, podem superar páginas novas.
- Layout Amigável ao Usuário: Páginas bem estruturadas são favorecidas.
- Domínios Estacionados: O Google penaliza domínios que servem apenas como placeholders.
- Conteúdo Útil vs. Conteúdo de Qualidade: O Google diferencia qualidade geral e utilidade prática para o usuário.
Quais desses fatores você precisa melhorar?
Essa é uma pergunta já carregada. Quais desses fatores, se é que você precisa melhorar algum fator, não é?
Mas a verdade é que todo mundo tem vários erros de SEO no site, é só uma questão de encontrá-los.
Desde as marcas mais engajadas no marketing digital até as mais simples, cometer erros nos fatores de rankeamento é padrão e completamente natural.
Precisamos imaginar o rankeamento no Google como ele realmente é: uma competição.
Em alguns momentos você está na frente, e em outros, atrás. O importante é maximizar as chances de estar na frente. E expandir estratégias para, mesmo quando você estiver atrás, conseguir alguns prêmios de consolação.
Os fatores de rankeamento do Google são importantes, mas como você pôde ver ao longo do texto, eles estão relacionados com o bom funcionamento geral do seu marketing.
Aqui na Adtail, temos uma abordagem 360 ideal para fazer todos esses ajustes ao mesmo tempo em que pensamos juntos no futuro do seu negócio.
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