Tem bastante novidade no cenário de search engine marketing. Tantas que muita gente está se perguntando sobre o futuro da mídia paga.
Toda a estrutura do SEM gira em torno da primeira página do Google. Claro: outros buscadores existem, mas eles não têm nem de longe a quantidade de acessos que o Google tem.
Lembrando: o Google ainda é o site mais acessado no mundo inteiro.
Com o Gemini, tudo muda um pouco de figura. A busca orgânica é impactada, sem dúvidas, mas as mídias pagas também, mesmo que em menor escala.
Hoje vamos conversar melhor sobre esse tema. Primeiro, um panorama geral. E depois, entender o que o Google vem transformando na mídia paga para 2025 — suas tendências e o impacto do Gemini nas campanhas.
Vamos lá:
O estado atual da paid search — final de 2024
Bom, antes da gente se aprofundar na situação das mídias pagas com um enfoque maior na chegada do Gemini, precisamos entender algumas outras mudanças que o Google Ads apresentou em 2024.
A primeira delas foi a mudança das campanhas Discovery para as campanhas Demand Gen.
As mudanças foram simples — grande parte das funcionalidades do Discovery foram mantidas, mas o escopo algorítmico foi aumentado enquanto a segmentação manual diminuiu.
Porém, sendo um modelo de campanha mais voltado para o Topo do Funil, o Demand Gen agora também permite a configuração de vídeos nas campanhas, enquanto o Discovery permitia somente criativos com base em imagens.
Outra mudança interessante de mencionar é o Google Performance Max, que saiu da fase beta em 2022, começou a ser usado em 2023 e atingiu o pico da sua popularidade em 2024, mas não pelos melhores motivos.
O Performance Max foi quase “empurrado” nas campanhas, e não tinha alguns recursos básicos, como a negativação de palavras-chave.
Outro problema grave que ele tinha era a competição com campanhas usando as mesmas palavras-chave no Google Shopping. O algoritmo do Performance Max priorizava a campanha de search e canibalizava a campanha do Shopping.
Isso também foi resolvido e ainda com um recurso que ninguém esperava, mas muita gente pedia: um sistema de insights exclusivo para o Performance Max:
O Performance Max é um modelo que usa a IA do Google para selecionar boas palavras-chave e exibir seus anúncios nelas. O problema é que não era possível saber que palavras-chave eram essas.
Esse recurso já está disponível no Google Ads.
Para 2025, as apostas é que o Performance Max e o Demand Gen sejam os tipos mais usados de campanha.
Mas essas não são as únicas questões que podemos analisar para o futuro das mídias pagas. No próximo tópico nos aprofundamos um pouco mais:
O futuro das mídias pagas em 2025
A maior parte do foco do Google em 2024 ficou na implementação do Gemini diretamente nas SERPs.
Essa implementação tomou a maior parte do tempo do Google, então é natural que não tivemos um ano muito movimentado em paid search.
Ao contrário dos anos anteriores, em que tivemos mudanças drásticas. O Google Analytics Universal parou de funcionar, enquanto o GA-4 foi apresentado e implementado.
As principais mudanças de 2024 para 2025 já foram elencadas no tópico anterior. Agora, vamos entender juntos quais são os reflexos delas para o futuro das mídias pagas em 2025.
Me acompanhe:
O básico ainda está valendo
Como vimos ao longo desse tópico, as mudanças no Google Ads não são tão extensas como estávamos imaginando que elas seriam após o Gemini surgir.
O mais importante a se levar em consideração é que as duas maiores mudanças — a introdução do Demand Gen e os ajustes no Performance Max — não trazem alterações muito drásticas nas nossas campanhas.
O básico do Google Ads e de paid search em geral ainda se aplica — mas agora com a expansão do formato vídeo no Topo do Funil.
Ou seja, ainda é válido:
- Fazer trackeamento dos seus resultados de conversão (veja como usar o GTM);
- Negativação de palavras-chave e determinação de palavras-chave target;
- Dar enfoque na copy e no criativo;
- Manter dados primários (e-mails, preferências, dados demográficos etc.);
- Criar as melhores Landing Pages com sinais de autoridade e confiança;
- Entender o mercado como um topo para se antecipar a flutuações;
Dentre outras questões relacionadas diretamente com o seu CTR.
➡️ Leia também: A grande lista de KPIs de marketing — os 13 mais importantes
Diversidade de canais é mais importante do que nunca
A diversidade de canais é fundamental para 2025, isso não há como negar.
As plataformas de anúncios disponíveis para profissionais de marketing estão cada vez mais avançadas, e não há compartilhamento de dados entre uma e outra.
O Google Ads é um grande exemplo da volatilidade que plataformas de anúncios apresentam.
O fim dos cookies de terceiros foi anunciado para 2024, e muitas marcas passaram a investir pesado na captação de cookies first party.
E o Google então adiou o fim dos cookies para 2025.
E mesmo se ele não tivesse adiado: para muitas empresas, a mudança representa uma dificuldade bem grande em controlar dados muito importantes para a segmentação dos seus anúncios.
Se a mudança realmente tivesse acontecido em 2024, empresas que não apostaram na diversificação de canais teriam prejuízos até se adaptarem ao fim dos cookies.
➡️ Leia mais: Fim dos cookies de terceiros — o que acontece agora?
Esse é o momento de fazer Meta Ads, LinkedIn Ads, YouTube Ads e Google Ads ao mesmo tempo.
Nem que sejam pequenas campanhas aqui e ali. É importante que você consiga relacionar todas essas ferramentas nos seus esforços de marketing.
Em 2025, o PPC fica mais alinhado ao marketing tradicional
A verdade é que o PPC está cada vez mais dependente de outras questões que vão muito além de ajustes direto na conta de anúncios.
Nesse sentido, ele vem se alinhando cada vez mais aos métodos tradicionais de marketing, inclusive aos clássicos 4 Ps.
Para entender melhor: há alguns anos atrás, fazer otimizações direto na conta de anúncios — ajustes de lances, correção de erros na segmentação, distribuição mais acertada do orçamento etc. — era suficiente para trazer mais cliques.
Hoje, nem tanto. Com tanta competição e com modelos de anúncios que usam IA se tornando incrivelmente populares, é necessário ir além desses ajustes clássicos de CTR e CRO.
É preciso levar em consideração:
- Posicionamento;
- Precificação de produtos ou serviços;
- Qualidade do branding e do próprio site;
- Pesquisa de público-alvo;
- Pesquisa de concorrência.
Perceba como esses fatores são “externos” — eles não estão necessariamente relacionados com qualquer ajuste que você vai realizar nas suas campanhas.
Vamos conversar melhor sobre eles nos itens logo abaixo:
Posicionamento: Mais que um Diferencial, uma Necessidade
O posicionamento de marca deixou de ser um conceito restrito ao branding e passou a influenciar diretamente o sucesso das campanhas de PPC.
Em um mercado saturado, onde diversos concorrentes oferecem produtos e serviços semelhantes, é preciso se destacar mais.
Um bom posicionamento ajuda a comunicar, de forma clara, o valor único da sua marca. Isso não só aumenta as chances de cliques, mas também garante que os leads gerados estejam alinhados com sua proposta de valor.
Exemplos de ações práticas incluem revisar mensagens nos criativos de campanhas e assegurar que todos os pontos de contato reforcem o posicionamento desejado.
Aqui estamos falando sobre:
- Desenvolvimento de conteúdo para todas as etapas do funil;
- Parcerias com influencers;
- Marketing de comunidade;
- Atendimento de qualidade;
Dentre outros pontos.
Em resumo, o posicionamento se tornou uma extensão vital do trabalho em PPC, exigindo que as marcas sejam claras, consistentes e relevantes para seus nichos de mercado.
Precificação: O Impacto no Comportamento do Consumidor
A estratégia de precificação é outro fator externo que impacta diretamente o desempenho das campanhas.
Não adianta ajustar segmentação e lances se o preço do produto ou serviço não é competitivo ou não reflete o valor percebido pelo consumidor.
Preços excessivamente altos podem afastar o público-alvo, especialmente se concorrentes oferecem alternativas mais atrativas.
Por outro lado, precificação muito baixa pode levantar dúvidas sobre a qualidade do produto ou comprometer a lucratividade do negócio.
Análises de concorrência e testes A/B com diferentes faixas de preços podem ser utilizados para determinar qual estratégia traz melhores resultados.
E falando nisso:
Pesquisa de Concorrência: Entenda o Cenário Competitivo
A pesquisa de concorrência é essencial para posicionar suas campanhas de forma eficaz.
Saber como seus concorrentes operam pode oferecer insights valiosos sobre lacunas no mercado ou estratégias que merecem ser replicadas.
- Analise os criativos e mensagens dos concorrentes para identificar tendências e boas práticas.
- Avalie o desempenho dos concorrentes em palavras-chave importantes para seu setor.
- Monitore frequência e formatos de anúncios para ajustar sua estratégia de acordo com o nível de competição.
Essa análise permite que você não apenas reaja à concorrência, mas também tome medidas proativas para melhorar sua posição no mercado.
Qualidade do Branding e do Site: A Base para Conversões
Em PPC, a experiência do usuário ao chegar no site é tão importante quanto o anúncio em si. Um branding consistente e um site de alta qualidade podem ser os diferenciais entre uma visita que converte e uma que não gera resultados.
- Um site visualmente atraente, com navegação intuitiva, aumenta a confiança do usuário na marca e reduz taxas de rejeição.
- Branding bem executado reforça a memória da marca, tornando-a mais reconhecível e valorizada em um mercado competitivo.
- Velocidade de carregamento e responsividade móvel são fatores técnicos que também precisam de atenção, já que impactam diretamente a experiência do usuário.
Para maximizar os resultados em PPC, é essencial garantir que o site e o branding trabalhem juntos, criando uma experiência consistente e alinhada às expectativas do público.
Pesquisa de Público-Alvo: A Chave para Segmentação Precisa
Entender o público-alvo é um dos pilares para campanhas eficazes. Campanhas de PPC baseadas em suposições gerais podem gerar cliques, mas dificilmente trarão conversões consistentes.
- Identifique comportamentos, interesses e necessidades específicas do público para criar campanhas mais relevantes.
- Use ferramentas como Google Analytics, pesquisas de mercado e questionários para coletar dados valiosos sobre seu público.
- Crie personas detalhadas para entender os diferentes perfis que compõem sua audiência.
Uma abordagem fundamentada em dados permite segmentações mais precisas, aumentando a relevância e, consequentemente, a eficácia das campanhas.
Busque apoio de uma agência 360º e data driven
O momento está propício para algumas ações no marketing digital, inclusive as mídias pagas.
Hoje, campanhas simples podem ser feitas pelos seus próprios analistas com a ajuda do
Gemini, por exemplo.
Ao mesmo tempo em que campanhas mais complexas podem ser feitas com agências com potencial de fazer um pouco de tudo para a sua estratégia.
E é isso que precisamos hoje. Estratégias completas, com vários pontos de conexão que angariam mais que resultados para as empresas — mas dados também.
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