O futuro do marketing nunca esteve tão incerto. 

Ao longo da década anterior, de 2010 até o início da pandemia, todos os textos que falavam sobre o futuro do marketing e as tendências mais atuais eram sempre muito parecidos. 

As tendências de um ano para o outro raramente mudam. Era sempre a mesma coisa: personalização, voice commerce, marketing de conteúdo, influencer marketing etc. 

Mas agora as coisas estão bastante diferentes, e ainda assim o inconsciente coletivo da internet segue um padrão similar, substituindo essas tendências por tudo relacionado a IA. 

Tudo bem, a IA realmente é uma grande tendência. Mas entender seus impactos, tanto positivos quanto negativos, é o que nos vai ajudar a entender o futuro do marketing. 

E não só a IA: as próprias movimentações do Google, o fim dos cookies de terceiros entre vários outros pontos vão ditar como o marketing vai ser daqui para o futuro. 

Vamos conversar sobre todos esses pontos na lista logo abaixo. Começando justamente com a IA: 

Como a Inteligência Artificial Generativa impacta o futuro do marketing? 

O futuro do marketing digital passou por uma mudança recente: a chegada da Inteligência Artificial Generativa. 

E existem vários impactos que ela causa, em vários níveis: tanto para quem é impactado pelas ações quanto para quem produz as ações de marketing digital. 

E estamos falando principalmente do marketing digital aqui, porque ele é o que mais vem sendo impactado pela IA Generativa. 

O maior desses impactos, e o que tem o maior potencial de transformar o futuro do marketing, é a possibilidade de produzir mais material em menos tempo. 

Outros pontos também são impactados diretamente, mas vamos conversar sobre eles ao longo do texto. 

Com a possibilidade de produzir mais material, as empresas imediatamente começaram a fazer justamente isso. 

Com isso, o cenário do marketing de conteúdo vai ficando muito mais competitivo. Onde antes era necessário contratar redatores para ter uma produção de conteúdo mais acelerada, hoje a IA consegue cumprir muito bem esse papel. 

Então, o futuro do marketing de conteúdo ainda está um pouco incerto, mas com certeza a IA vai fazer parte dele por muito tempo. 

Às vezes de forma mais extensa, às vezes de forma mais sutil. Mas pelo menos no trabalho de SEO, ela vai precisar ser mais sutil. 

Vamos conversar melhor sobre isso no tópico abaixo: 

Qual é o futuro do marketing na área de SEO? 

O SEO é uma das áreas mais incertas no futuro do marketing hoje. 

E é interessante dizer isso porque, por muitos anos, o SEO foi a área mais estável dentro do marketing digital. 

Porém, junto com o avanço da IA Generativa, tivemos um outro movimento no Google: a inauguração do Helpful Content Update e a sua integração aos Core Updates. 

Core Updates são os maiores Updates que o Google faz do seu algoritmo, geralmente duas ou três vezes por ano. 

E o Helpful Content Update foi lançado com o surgimento da IA, passando a valer a partir de 2020 e 2021. 

Esse update busca entender o que é conteúdo útil, aquele que foi criado para realmente ajudar o usuário do Google. A ideia inicial era penalizar conteúdo criado inteiramente por IA. 

O que aconteceu agora em 2024 é a junção desse Helpful Content no Core Update, indicando que o Google está mais de olho do que nunca em conteúdo criado só para galgar posições nas suas SERPs — as páginas de resultados. 

E esse tipo de conteúdo é geralmente feito por IA. 

O que está acontecendo na prática é que muitos sites estão perdendo posições no Google sem a menor possibilidade de reconquistá-las, porque outras marcas tomam seus lugares. 

Esse é um momento bastante incerto. 

O futuro do SEO, ao que tudo indica, vai exigir muito mais cuidado na criação de conteúdo, exigindo uma abordagem mais técnica, prática e que faça sentido sobretudo para quem está lendo. 

Mas essa não é a única grande novidade do Google para o momento. Saiba mais: 

Qual é o futuro do Google com a inauguração do Gemini direto na SERP?

O Google lançou recentemente em alguns países o Gemini direto nas páginas de resultados. 

A integração do Gemini direto nas páginas de resultados significa que os usuários não precisam mais necessariamente clicar nos links e entrar nas páginas para entender mais sobre o assunto. 

Eles podem simplesmente perguntar para a IA e receber a resposta ali, sem sair da SERP. 

Esse é um movimento que o Google vem fazendo há anos, com os featured snippets, as respostas extraídas de sites exibidas direto na aba “As pessoas também perguntam”, o Knowledge Panel, o Google Shopping etc. 

O futuro do marketing, olhando puramente para o Google, indica que ele está cada vez mais preocupado em manter os usuários nas SERPs. 

Isso é ótimo para o tráfego do Google, mas ao mesmo tempo péssimo para as marcas que trabalham com SEO. 

É esperado que a quantidade de tráfego orgânico indo para os sites diminua drasticamente, e que as marcas priorizem os anúncios ao invés da produção de conteúdo. 

É um futuro também bastante incerto, mas com essas movimentações, fica claro que o tráfego orgânico está na mira do gigante das buscas. 

Ainda falando um pouco mais sobre o Google: 

O que o fim dos cookies de terceiros representa para o futuro do marketing?

O fim dos cookies de terceiros representa um grande problema para quem trabalha principalmente com anúncios. 

Mas só um adendo: os cookies de terceiros hoje só são encontrados no Google Chrome, o Firefox e o Safari não coletam esses dados já há mais de 10 anos. 

O fim dos cookies representa uma dificuldade para quem trabalha com anúncios porque ele elimina um recurso de personalização muito importante: só com ele é possível fazer remarketing da forma como ele é feito hoje, por exemplo. 

Trouxemos mais algumas situações, e também explicamos melhor o que são os cookies de terceiros, em um texto que produzimos sobre o tema aqui no blog.

Clique no link abaixo para saber mais: 

➡️ Leia mais: Fim dos cookies de terceiros: o que acontece agora?

Qual é o futuro do marketing nas redes sociais? 

Pouca coisa está mudando drasticamente nas redes sociais em 2024. 

Estamos vendo mudanças bem grandes no Google, por exemplo, mas nada de tão extenso vem acontecendo no Facebook, Instagram etc. 

O que mais vem mudando é o Twitter, que pouco a pouco se aproxima ainda mais do seu fim. 

O Twitter Marketing, antes uma estratégia difícil de ser viável, agora está mais inviável ainda. A forma com que o X, o novo Twitter, vem se desenvolvendo não dá muita brecha para a resolução do maior problema que o Twitter sempre teve: as poucas opções para anúncios. 

Na verdade, o X está se tornando até tóxico para marcas. As maiores do mercado estão abandonando a plataforma por conta das polêmicas que o Elon Musk vem pautando. 

Nas outras redes, o fim dos cookies de terceiros vão ter impactos no remarketing. Não há o que discutir em relação a isso. 

E na geração de conteúdo, precisamos conversar melhor sobre o que vem acontecendo em um outro tópico, dessa vez relacionando IA Generativa e conteúdo só para as redes sociais. 

O impacto da IA Generativa na produção de conteúdo para as redes sociais

Muita gente diz, especialmente os grandes gurus do marketing, que a IA é o grande futuro do marketing. 

Mas dizer isso é um pouco vago. Estamos vendo hoje mesmo, especialmente no Instagram que tem mais foco em imagens, pessoas inclusive reclamando de posts feitos por IA. 

É o tipo de conteúdo low effort: quem segue a sua marca não está tão preocupado assim com a IA, mas com o fato de que aquele post não teve um cuidado e um carinho a ser preparado. 

A sensação que a IA transmite, ainda mais quando simplesmente copiada e colada, vem sendo negativa. E “a promessa” era de que o público não ia notar a diferença.

E fora do universo das imagens, isso também é uma realidade. Seus seguidores já estão começando a perceber que um texto é gerado por IA simplesmente pela sua sintaxe. É quase instintivo. 

Então, mesmo que a IA ofereça uma grande ajuda na hora de criar e organizar conteúdo, ela ainda assim tem suas limitações, especialmente aos olhos do público. 

A jornada do consumidor está cada vez mais nebulosa

A verdade é que a Jornada do Consumidor como conhecemos está ficando mais nublada. 

Por muito tempo, entender a Jornada do Consumidor através do Funil de Vendas era simples: todas as interações poderiam ser armazenadas como dados e, depois, era só montar o Funil com base nesses dados. 

Porém, conforme avançamos nos estudos e as interações vão ficando mais dispersas, percebemos que existem vários pontos de contato que não geram dados. 

A popularização do marketing de conteúdo é um dos responsáveis por isso. 

Pense, por exemplo, em uma situação B2B. Você cria conteúdo e alguém de uma empresa de TI o consome, certo? 

Tudo beleza até então. Mas essa pessoa que consumiu o conteúdo falou sobre ele em reunião. Agora, todos os que estavam na reunião tiveram contato com o seu conteúdo, mas você só conseguiu contabilizar uma pessoa.

E mesmo essa contabilização é um pouco rasa, já que pode ser que a pessoa não interaja mais com o seu conteúdo, mas algum colega passe a te seguir, se torne lead e eventualmente compre seu produto. 

Isso é o que foi cunhado como Dark Funnel. Essa é a principal fronteira dentro da área de lead generation no marketing digital para 2024 e além. 

A geração de leads vai ficar mais difícil

Por muito tempo, a geração de leads era um assunto completamente fora do imaginário popular. 

As pessoas liam blogs, baixavam e-books, se inscreviam em webinars e nem se davam conta que tudo isso era parte de uma estratégia de geração de leads. 

Porém, com a grande popularização do marketing digital, a geração de leads vem entrando no mainstream. 

Isso significa que muita gente já sabe qual é a finalidade desses materiais. E com esse conhecimento, a expectativa para os materiais oferecidos vai ficando cada vez mais alta. 

Pessoas querem consumir conteúdo de qualidade, mas agora elas entendem que o conteúdo oferecido é, na verdade, marketing. 

Antes, com a técnica sendo desenvolvida quase que em segredo, era mais fácil para o leitor acreditar que a marca estava oferecendo o conteúdo por pura boa vontade. 

Agora, as marcas precisam melhorar seus materiais, e entregar muita qualidade neles, para evitar que os leitores saiam frustrados. 

“Me inscrevi em um webinar inútil, que só existiu para captar meu e-mail” é uma reclamação que está ficando cada vez mais comum. 

A migração para o vídeo é um dos futuros do marketing

Com o Google tornando o trabalho cada vez mais difícil para o SEO e o tráfego orgânico, é muito natural que a migração para o YouTube já comece agora. 

E o YouTube vem até com outros pontos mais simples: por exemplo o uso da IA. Não importa se o roteiro foi feito com o ChatGPT, por exemplo. O que vai ditar se o vídeo vai ter sucesso é a qualidade da informação. 

E não é só o YouTube que está prestes a receber uma grande migração: redes sociais baseadas em vídeo também, como o TikTok. 

O vídeo como formato já é bastante popular. Mas ele vai atingir níveis de popularidade imensos conforme o Google vai desestimulando a produção de conteúdo escrito. 

Navegue com tranquilidade pelo futuro do marketing

O mais importante de tudo é manter a tranquilidade ao longo desse processo de mudanças que o marketing digital vem passando. 

Tudo muda sempre, mas as mudanças não vão acontecer de um dia para o outro. Esse é apenas o roadmap para 2024 e além. 

Quem já começa agora nem vai sentir tantos efeitos assim.

E uma das melhores formas de se preparar é conversando com quem está todos os dias tentando desvendar como o futuro do marketing vai ser. 

Essa é a nossa principal preocupação aqui na Adtail. Estamos na vanguarda, prontos para o futuro e entendendo o que já está acontecendo agora. 

Preencha o formulário abaixo e agende uma conversa com a nossa equipe agora mesmo. Nossos especialistas estão mais do que prontos para expandir esse assunto com você.