
Se você não se preocupar com a gestão de marketing na sua empresa, ela não vai deixar de ser realizada. Ela vai acontecer, mas de uma forma totalmente desorganizada.
E existem dois ingredientes que nunca caem bem: desorganização e deadlines.
Gerir o marketing é colocar ordem na produção, para garantir os principais objetivos de um departamento de marketing:
- Cumprir as deadlines;
- Seguir dentro dos padrões de branding e editoriais da marca;
- Entregar um produto final revisado e com a melhor qualidade possível.
São os três objetivos mais simples do marketing, os mais básicos para ter uma produção funcionando sem atrasos ou estresse. Note que nem estamos falando de vendas ou nada disso: apenas de entrega.
O texto hoje vai ser sobre isso. Como a gestão de marketing funciona? Quais são as particularidades dos tipos de gestão? E quais são as características do bom gestor?
Vamos descobrir tudo isso juntos, e agora. Vamos começando:
As responsabilidades da gestão de marketing

A gestão de marketing tem como principal responsabilidade o cuidado com a produção sendo realizada.
Um gestor deve entender tanto do micro quanto do macro: o que está acontecendo na realidade de produção individual de cada profissional, e os impactos que essa realidade tem na entrega geral do departamento.
A gestão de marketing, porém, é diferente da gestão de projetos. O gestor de marketing geralmente trabalha ou com algumas contas específicas (em uma agência, por exemplo) ou de forma mais holística, planejando todas as campanhas de uma marca.
Geralmente, gestores de marketing em empresas são os responsáveis por determinar quais serão as campanhas, aprovar sua execução e aprovar o resultado — isso com uma equipe própria.
Para equipes terceirizadas, o gestor deve cuidar de tudo isso e também é responsável por fechar o contrato e fazer sua manutenção.
Logo abaixo vamos conversar melhor sobre todas as responsabilidades do gestor de marketing. Acompanhe:
Qual é o papel do gestor de marketing?
O trabalho do gestor de marketing acontece em camadas: estratégia, pessoas, execução, análise e relação com terceiros.
Cada uma exige um tipo de raciocínio diferente, mas todas se conectam para manter o marketing eficiente, coerente e capaz de gerar resultado de forma contínua.
Abaixo, essas responsabilidades estão divididas em blocos para mostrar com clareza como a função se estrutura no dia a dia.
Acompanhe:
Definição estratégica
A função começa definindo direção. Sem clareza estratégica, nenhuma execução se sustenta.
- Estabelecer objetivos claros para cada ciclo (mensal, trimestral, anual);
- Construir o calendário de marketing conectando produto, vendas, orçamento e sazonalidade;
- Definir posicionamento, narrativa e coerência entre campanhas;
- Decidir quais canais importam e quais não valem o investimento;
- Transformar prioridades da empresa em prioridades do marketing.
Gestão de pessoas e processos
O desempenho do marketing depende menos de “criatividade individual” e mais de cadência, clareza e organização.
- Orientar cada profissional quanto às suas metas e entregas semanais;
- Identificar gargalos individuais e coletivos e redistribuir esforços;
- Criar rituais (reuniões, checkpoints, análises) que mantenham o time funcionando;
- Garantir documentação, previsibilidade e qualidade da produção;
- Alinhar expectativas com áreas paralelas: vendas, produto, comercial, branding.
Liderança da execução das campanhas
É a parte em que o plano encontra a realidade — e onde a disciplina do gestor define o resultado.
- Provar roteiros, peças, conteúdos, criativos e mensagens;
- Validar testes A/B e hipóteses antes da veiculação;
- Cuidar do pacing da produção — o que entra no ar, quando e por quê;
- Garantir que a campanha no papel seja igual à campanha publicada;
- Evitar desvios que prejudiquem consistência de marca e desempenho.
Análise de desempenho e tomada de decisão
Sem leitura de dados, o marketing vira intuição. Sem ação rápida, vira desperdício.
- Monitorar KPIs diariamente (CAC, ROAS, LTV, taxa de conversão, custo por conteúdo etc.);
- Interpretar tendências — queda de tráfego, redução de lead quality, burnout de criativos;
- Decidir ajustes rápidos em budget, segmentação e posicionamento;
- Produzir relatórios executivos e explicar resultados para direção;
- Identificar aprendizados e transformar cada campanha em melhoria para a próxima.
Gestão de fornecedores e equipes terceirizadas
Quando terceiros entram, o gestor vira guardião da estratégia — garantindo alinhamento, qualidade e custo.
- Selecionar agências, consultorias, veículos e plataformas;
- Negociar contratos, entregas, prazos e escopo;
- Acompanhar a qualidade técnica da entrega externa;
- Garantir que terceiros executem a estratégia da marca, e não a deles;
- Manter controle financeiro do investimento e da eficiência de cada parceiro.
Os tipos de gestão de marketing

A gestão de marketing não é feita de um único jeito e pronto. Existem realidades diferentes e funções diferentes dentro dessas realidades.
A gestão de marketing feita por uma agência para um cliente, por exemplo, é diferente da que é realizada pelo próprio cliente.
E essa agência ainda faz uma gestão de marketing completamente diferente internamente.
Vale a pena a gente conversar rápido sobre o assunto porque as diferenças indicam até a forma com que o trabalho deve ser feito.
Vamos para a análise agora:
Gestão de marketing in house
A gestão in house funciona como a operação de marketing mais integrada que existe.
Ela exige uma leitura diária das prioridades internas, compreensão profunda do produto e alinhamento contínuo com vendas, atendimento, financeiro e direção.
Nesse modelo, o gestor tem acesso total aos dados e consegue ajustar rapidamente qualquer rota, mas também assume mais responsabilidade sobre performance e coerência de marca.
- Maior proximidade com métricas e dados internos;
- Facilidade para sincronizar campanhas com metas comerciais;
- Dependência de processos internos bem definidos para evitar gargalos;
- Maior pressão por resultados consistentes e previsibilidade;
- Necessidade de equilibrar demandas táticas com visão de longo prazo.
Gestão de marketing em agência
A gestão dentro de uma agência é estruturada para lidar com múltiplos clientes e realidades diferentes. Isso exige processos mais rígidos, comunicação muito clara e uma cadência de entregas altamente organizada.
O gestor precisa negociar expectativas, gerenciar prazos e garantir que o cliente entenda a lógica das estratégias — ao mesmo tempo em que mantém a operação interna produtiva e tecnicamente sólida.
- Necessidade de documentação e briefing impecáveis;
- Rotina de alinhamentos constantes para evitar desalinhamento com o cliente;
- Gestão de capacidade interna para não sobrecarregar squads;
- Padronização de ritos e métodos para manter escala;
- Importância de educar o cliente sobre limites, prazos e indicadores.

Gestão de marketing freelancer
A gestão freelancer é a mais enxuta e adaptável. Ela depende fortemente da disciplina individual, já que não existe uma equipe interna para dividir funções.
O freelancer precisa equilibrar estratégia, execução e comunicação com o cliente, mantendo a qualidade mesmo com menos recursos e ferramentas.
É um modelo ágil, mas que exige atenção para não ultrapassar limites de escopo e exaustão operacional.
- Autonomia total para montar processos pessoais de trabalho;
- Necessidade de organização extrema para atender vários clientes;
- Foco em entregas rápidas e de impacto para manter o contrato;
- Limitação de escala — o desempenho depende diretamente do tempo disponível;
- Importância de estabelecer fronteiras claras de escopo e comunicação.
Os tipos de gestão de marketing pensando no material produzido

Além dos tipos de gestão de marketing diferentes pensando em onde ela está sendo feita, também precisamos pensar nos diferentes tipos de gestão pensando no material a ser produzido.
Gestores de conteúdo têm preocupações bem diferentes de gestores de redes sociais. E gestores de projetos têm diferenças muito grandes com todos os outros tipos de gestão, mesmo trabalhando com vários tipos de materiais diferentes.
Para deixar o assunto mais claro, vamos conversar sobre os tipos de gestão de marketing geralmente feitos em empresas e agências.
Vamos falar sobre:
- Gestão de conteúdo e SEO;
- Gestão de marketing para redes sociais;
- Gestão de tráfego pago;
- Gestão de projetos;
- Gestão de design e branding.
Acompanhe:
Como escolher um gestor de marketing — suas qualidades

Com tudo isso que conversamos, falta só entender o que é necessário para escolher seu gestor de marketing.
Aqui é onde muitas empresas acabam errando um pouco. O gestor de marketing precisa ter algumas características fundamentais, ou ele vai acabar atrapalhando a equipe mais do que ajudando.
Essas qualidades e skills estão sim relacionadas com o trabalho sendo feito, mas mais do que isso: com a experiência e os conhecimentos gerais sobre marketing que o gestor tem.
As principais qualidades que o gestor de marketing deve ter são as seguintes:
- Experiência sênior +;
- Boas habilidades de comunicação;
- Trato com diferentes setores;
- Habilidades de revisão e editoração;
- Habilidades gerais de gestão.
Vamos conversar em detalhes sobre elas logo abaixo. Acompanhe:
Experiência sênior
A senioridade é o que permite ao gestor interpretar a situação real sem criar histeria ou ilusões.
Um gestor de marketing precisa ter vivência suficiente para reconhecer padrões, antecipar riscos e tomar decisões que protejam o time, o budget e a narrativa da marca.
Não é apenas “já trabalhou com marketing”: é ter passado por cenários de crise, ciclos longos e operações complexas o bastante para entender que nem tudo é urgente, nem tudo é prioridade, e nem todo problema é resolvido com mais campanha.
A experiência sênior coloca o gestor em posição de autonomia real — alguém que sustenta a operação mesmo quando tudo ao redor parece caótico.
Boas habilidades de comunicação
Um gestor de marketing precisa comunicar com precisão cirúrgica.
Não é só escrever e falar bem: é saber alinhar expectativas com diretores, explicar prioridades para o time, argumentar com vendas, traduzir dados para quem não é técnico e evitar ruídos que desidratam campanhas inteiras.
Comunicação ruim cria desencontro, desalinhamento e desperdício.
Comunicação forte organiza a operação, reduz atrito e mantém todos remando na mesma direção. É uma das qualidades que mais impactam performance — e uma das mais negligenciadas.
Trato com diferentes setores
Marketing depende — profundamente — da relação com outras áreas. O gestor precisa navegar com maturidade entre vendas, produto, financeiro, atendimento e liderança, adaptando linguagem e argumentação para cada contexto.
É alguém que entende a dor de cada setor e, ao mesmo tempo, protege os interesses estratégicos do marketing.
Sem essa habilidade, o marketing vira uma ilha que ninguém ouve. Com ela, vira um motor da empresa. O trato intersetorial é o que separa gestores que sobrevivem dos que realmente elevam a operação.
Habilidades de revisão e editoração
Todo gestor precisa revisar — mesmo quando há redator, designer, social media, mídia, conteúdo e analista. Revisão é garantia final de alinhamento estratégico.
É a última barreira contra promessas irreais, erros conceituais, desalinhamento de discurso e inconsistências de posicionamento.
Um gestor com habilidade editorial consegue manter coerência entre todas as peças e narrativas da marca, reduz retrabalho e aumenta a percepção de profissionalismo. Sem isso, a comunicação perde força e credibilidade.
Habilidades gerais de gestão
Um gestor sem domínio de gestão vira apenas um operador mais caro. Planejamento, priorização, organização de rotinas, definição de ritos, acompanhamento de entregas, gestão de capacidade, delegação e análise são o alicerce da área.
É essa habilidade que dá forma ao fluxo de trabalho, sustenta previsibilidade e impede que a operação vire improviso.
Uma gestão forte melhora o desempenho de todos, reduz sobrecarga, acelera ciclos e cria um ambiente onde marketing realmente entrega valor — e não só volume.

A gestão de marketing, quando feita de forma terceirizada por uma agência, tem o costume de já ser parte do serviço contratado.
Por exemplo: você contrata um serviço de conteúdo que já vem acompanhado de uma gestão de marketing própria.
As agências devem oferecer um trabalho assim para criar a grande rede de gestão publicitária de uma marca, que envolve muitas pessoas em diferentes espaços.
Temos um texto aqui no blog que fala mais sobre o que agências oferecem e o que elas deveriam oferecer. E quais são seus diferenciais sob o ponto de vista da marca que contrata.
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